sábado, 22 de setembro de 2012

A Verdadeira Motivação do Crente - Subsidio para Lição 13



Tiago e João, A busca pelos primeiros lugares - (Mc 10.37)
Pr. Besaleel Ferreira de Assunção

                Tiago e João tiveram um entendimento errado do reino de Cristo, pensando que o mesmo teria a mesma forma do reino do mundo, como os poderosos imperadores, então pediram para serem os primeiros no reino. Talvez como José que foi o primeiro ministro de Faraó ou como Daniel no reinado de Dario almejando honras humanas que é coisa brilhante, fazendo com que os olhos dos discípulos se deslumbrassem por este sentimento.
                Jesus havia ensinado aos seus discípulos que orassem de forma direta e insistente, ele os incentivou “pedi, pedi e vos será dado”, e de fato é louvável usar a nossa fé para pedir grandes coisas prometidas por Jesus. Porém, o melhor mesmo é deixar que ele faça por nós o que ele desejar, e certamente ele fará mais do pensamos – “Ora, àquele que é poderoso para fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” (Ef 3.20).
                Nossas fraquezas e falta de visão do reino de Cristo, aparecem tanto em nossas orações como em nossas ações. Ao orarmos devemos confiar inteiramente na vontade de Deus e não em nossos desejos egoístas, ele conhece todas as coisas. Nossa atitude deve ser aprendermos a sofrer com ele, confiando que reinaremos com ele em grande glória. Muitos querem ter seu reinado próprio aqui na terra e fazem de tudo pra estar na frente dos outros. Isto é egoísmo, Deus nos livre!
                Jesus os exortou: “Não será assim entre vós”. Os líderes devem ser humildes como um servo que cuida das ovelhas alimentando-as sob o comando do sumo pastor Cristo Jesus, não como dominadores. Ou seja, quem quiser ser grande, seja servo disposto a fazer o bem a todos, mesmo fazendo os mais pesados serviços, pois será honrado por Jesus. Ele dá o seu próprio exemplo para convencê-los da necessidade de se tornarem servos: “porque o filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Ele foi obediente até a morte a fim de salvar e resgatar muitos.

O engano de considerar-se superior aos outros
 
                Infelizmente estamos vendo hoje em nosso meio, muitas disputas, contendas e rivalidades que além de não produzir nada de bom, têm um efeito devastador no reino de Deus, contrariando os ensino de nosso Senhor Jesus Cristo.
                O apóstolo Paulo nos dá o exemplo de sua humildade, propondo-nos um modo de vida totalmente oposto ao modelo do mundo. Na carta aos Filipenses capítulo 3 ele mostra o privilégio de perder todas as vantagens por amor do evangelho de Cristo. Ele tinha muito para se gabar de sua condição como judeu e fariseu “Bem que eu poderia confiar também na carne...” (V 4), não era um prosélito, mas um israelita nato: o melhor de Israel. E de que ele era da tribo de Benjamim, a tribo favorita de todo o Israel, e que uniu-se a Judá quando todas as outras tribos se revoltaram. Benjamim foi pai querido, por isso era uma tribo favorita; Hebreu de hebreus, um israelita genuíno, pelo pai e mãe, e de uma geração para outra, nenhum de seus antepassados tinham se juntado com os gentios.
                Ele podia se vangloriar de suas relações com a aliança, pois ele foi circuncidado ao oitavo dia, ele tinha o símbolo da aliança de Deus em sua carne, e foi circuncidado no dia que Deus havia indicado. Aprendeu a lei aos pés de Gamaliel, um eminente mestre da lei: e era um erudito em toda a aprendizagem dos judeus, ministrado de acordo com a forma perfeita das legislações dos pais, Atos 22.3 Ele era um fariseu, filho de um fariseu (Atos 23.6), a seita mais rigorosa de sua religião, Atos 26.5. Foi um praticante zeloso de sua religião, de modo que perseguiu aqueles que ele considerava inimigo de Deus, ele diz: “quanto ao zelo, perseguidor da igreja, quanto a justiça que há na lei, irrepreensível.” (v 6), “persegui este caminho até à morte, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres”  isto foi suficiente para se tornar um judeu orgulhoso e confiante, mas ele diz: “Mas o que, para mim era lucro, isto considerei perda por causa Cristo” (v. 7), isto é, sua posição, destaque e honras entre seu povo como um fariseu, que ele tinha antes, considerou como perda por Cristo. A experiência que ele teve de Jesus que ele chama de “excelência do conhecimento de Cristo Jesus” se tornou superior a qualquer outra coisa considerada de valor para o mundo.
                Na verdade esta excelência do conhecimento de Cristo é suficiente para suplantar todos os prazeres e privilégios do mundo, trazendo a graça salvadora capaz de salvar os pecadores caídos (Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu servo o justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades dele levará sobre si. - Is 53.11). Muitos deixam de valorizar sua posição em Cristo, para gloriar-se de seus conhecimentos terrenos e de suas posições, aliás, fazem de tudo para alcançar altas posições ministeriais e outras, inclusive política.
                O resultado final do pecado que ostenta, e que nos ilude com uma pseudo-elevação [altivez] será uma vergonhosa queda. Os efeitos do orgulho são: engano do coração (Jr 49:16); endurecimento da mente para a verdade (Dn 5:20); produção da inimizade (Pv 13:10); leva à autodestruição (Pv 16:18; 2 Sm 17:23); esgota as energias, porque o esforço de manter o orgulho é demasiado difícil para ostentá-lo de forma permanente (Sl 131). A Palavra de Deus diz que Ele resiste ao soberbo (Tg


terça-feira, 4 de setembro de 2012