quarta-feira, 26 de maio de 2010

Correndo a corrida da fé (parte 1)

HB 12.1 e 2
Ao estudarmos sobre a corrida da fé precisamos observar a ênfase em ser firme em nossa fé que é dada pela bíblia, principalmente na carta aos hebreus:
1) ALERTA CONTRA O DESENVOLVIMENTO DA INCREDULIDADE: Hb 3. 12-15 - 12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; 14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.
2) A NECESSIDADE DE UMA FÉ QUE RESISTE
: Hb 6.11-12; 10.36-39 11 Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; 12 Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.10. 36-39: 36 Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. 37 Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará. 38 Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. 39 Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.
Esta ênfase está baseada no testemunho dos santos do antigo testamento (Hb 12.1 “grande nuvem de testemunhas”) que pela sua vida exemplar, eles nos incentivam a correr a corrida da fé. Se quisermos seguir os passos de outros que têm sucesso na corrida da fé, há três coisas necessárias:

I - LANÇAR FORAS ALGUMAS COISAS

Assim como o corredor que procura conquistar vitória, perde peso tanto quanto possível, usa vestes adequadas para a corrida a fim de ter liberdade de movimentos, nós também temos de colocar algumas coisas de lado. Ou seja, coisas que atrasam nosso progresso espiritual tal como:

  • Orgias bebedeiras e os cuidados desta vida – Lc 21.34-36 - 34 E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. 35 Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. 36 Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.
  • Maus costumes: A Raiva; A Ira; A Blasfêmia; A Linguagem Imunda - Cl 3. 8 Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. – 1 Pd 2.Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, 2 Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; Essas coisas tornam a corrida da fé difícil, senão impossível.
  • O pecado que tão de perto nos rodeia: Qualquer pecado deve ser posto de lado da nova vida a fim de atrapalhar a nossa corrida. A partir do contexto o pecado como o pecado da incredulidade, tendo em vista que a carta aos hebreus foi escrita para encorajar a fidelidade a Cristo e sua aliança. Compreendo portanto como o “pecado que tão de perto nos rodeia” como sendo o pecado da incredulidade. Temos sido advertidos contra a incredulidade (Hb 3. 12-13) 12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;”.
  • Quando deixamos de acreditar a corrida está perdida (Hb 10.26-31): 26 Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, 27 Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. 28 Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. 29 De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? 30 Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. 31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
(NA PRÓXIMA POSTAGEM CONTINUAREI COM O ASSUNTO)

domingo, 7 de março de 2010

Subsídio Para Lição Bíblica nº 10 - EBD

Como exercemos nossa liderança, pelo Poder ou pela Autoridade

O comportamento de Paulo como Apóstolo e Líder é um grande exemplo para nós e principalmente os obreiros do Senhor que devem seguir seu exemplo na forma de liderar junto a igreja do Senhor. Na lição de nº 7 estudamos as suas característica como um líder servidor, que é o modelo ideal para quem quer seguir o ministério pastoral.

Na lição presente (nº 10) Paulo defende sua autoridade apostólica junto a igreja em face de um grupo que não respeitava e não dava ouvidos a seus ensinos, sem considerar a autenticidade de seu ministério.

Em nosso tempo também temos este grupo que desafia e desrespeita aos chamados do Senhor. Por outro lado, há aqueles que se arrogam do cargo de pastor ou missionário e vivem a explorar o rebanho do Senhor, demonstrando não ter a verdadeira chamada para o serviço santo. Neste ofício precisamos ser conscientes de que somos mordomos de Deus, observando a recomendação do apóstolo Pedro em sua primeira carta capítulo 5 versículos de 1 a 4. Neste texto está bem claro que devemos administrar o rebanho de Deus não por poder mas por autoridade. Qual a diferença?

Segundo Max Weber, um dos fundadores dessa área de estudo, o poder é a capacidade de obrigar, por causa de sua posição ou força, os outros a obedecerem à sua vontade, mesmo que eles preferissem não fazê-lo.

No novo dicionário de Webster, “autoridade” é definida como o direito e o poder de comandar e ser obedecido, ou para fazer alguma coisa. Autoridade é a habilidade de levar os outros, de boa vontade, a fazerem sua vontade, no caso do ofício pastoral nossa vontade é uma mordomia concedida por Deus, que deve ser repassada a homens fiéis - 2 Timóteo 2:2 “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.”

PRINCÍPIOS DE AUTORIDADE

  • Autoridade é bíblica – Mt 7.29; 8.7-9; Mc 1.27; 1 Co 9.16)
  • A autoridade pode ser usada sabiamente ou de forma abusiva;
  • O líder sábio precisa assegurar-se de não assumir autoridade que não lhe tenha sido atribuída legitimamente

ELEMENTOS DE AUTORIDADE:

Responsabilidade – Muitos problemas, tais como conflitos interpessoais, que surgem na liderança são, às vezes, o exercício da autoridade sem responsabilidade. A responsabilidade é uma missão que o líder se compromete a cumprir, prestando conta de sua realização.

Confiança – Aquele que nos confiou a dispensa de sua bênçãos, espera que sejamos achados fiéis. Quando abusamos da autoridade ou não a exercemos completamente nos tornamos inseguros e não cumprimos com nossa responsabilidade;

Influencia – Nossas ações trazem consequências para as pessoas que estão sob nossa liderança..O Obreiro não deve usar sua influência para benefício próprio, nem chantagear as pessoas para fazerem coisas que ele mesmo não quer fazer. Influencia fala de exemplo e o apóstolo Paulo nos exorta através da sua carta a Timóteo, a sermos exemplo do fiéis. Que nossa influencia desperte noutros o desejo de exercer o pastorado com autenticidade e frutificação.

O USO DA AUTORIDADE

Há líderes que exercem o ofício fazendo o quer, não prestam contas a pessoa alguma, impõem regras e diretrizes para serem cumpridas mas eles mesmos não as cumpre. Constroem seu próprio reino e ninguém ousa questionar.

A verdadeira liderança abre mão de qualquer coisa para realizar de forma correta a obra de Deus combatendo o mal e as falsas doutrinas dentro da igreja, ouve as pessoas e as trata de forma a alcançarem confiança e segurança para suas vidas, cumprindo seus objetivos e alvos propostos.

Sejamos líderes e não chefes.

quinta-feira, 4 de março de 2010

COMENTÁRIO BÍBLICO

O Crente e a oração

Lc 3.21 “E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu;”

Cristo é um exemplo para nós em todas as coisas, inclusive na oração. Nós lemos que Cristo orou ao Pai por tudo. Toda grande crise em sua vida foi precedida pela oração. Permitam-me citar algumas passagens.

Por ocasião de seu batismo Cristo estava orando. Enquanto orava, o céu se abriu (Lc 3.21), e o Espírito Santo desceu sobre ele.

Outro grande acontecimento em sua vida foi a sua Transfiguração. "Enquanto orava, a aparência do seu rosto se alterou, e suas vestes eram brancas e resplandecentes."

Antes de escolher seus apóstolos ele demorou em oração diante de Deus "E aconteceu naqueles dias que ele saiu para um monte para orar, e passou a noite em oração a Deus.” (Lc 6.12) Este é o único local onde está registrado que o Salvador passou uma noite inteira em oração.

Quando ele desceu do monte seus discípulos se reuniram em torno dele, e pregou um grande discurso conhecido como o Sermão da Montanha - o sermão mais maravilhoso que jamais foi pregada aos homens mortais. Se quisermos que os nossos sermões atinjam o coração e a consciência do povo, temos de estar muito em oração com Deus, então teremos poder com a palavra.

Outro exemplo de oração do Senhor, é a que está registrada no décimo sétimo capítulo de João. Essa é a maior oração em público registrada que Jesus fez.

Você pode lê-lo devagar e com cuidado em cerca de quatro ou cinco minutos. Acho que nós podemos aprender uma lição aqui. As orações de Nosso Mestre eram curtas quando feitas em público. Quando estava sozinho com Deus, ele poderia passar a noite inteira em comunhão com o pai.

Aqueles que mais oram em particular, em geral, fazem orações curtas em público. Longas orações são muitas vezes, falta de uma vida de oração particular com Deus, tornando-se cansativas para as pessoas que ouvem.

Vejamos alguns exemplos de orações curtas nos evangelhos:

  1. A oração do publicano era: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (Lc 18.13)
  2. A mulher siro-fenícia foi menor ainda: "Senhor, ajuda-me!" Ela foi pragmática, direta ao assunto, e ela conseguiu o que queria. (Mt 15.22)
  3. A oração do ladrão na cruz foi um pedido curto: "Senhor, lembra-te de mim quando entrares no Teu Reino!" (Lc 23.42)
  4. Oração de Pedro foi: "Senhor, me salva, ou vou morrer!"
  5. A Ultima oração de Cristo na cruz foi curta“Pai, perdoa-lhes eles não sabem o que fazem”. Eu acredito que a oração foi respondida:
    • Logo ali na frente da cruz, um centurião romano foi convertido. Foi provavelmente em resposta à oração do Salvador.
    • A conversão do ladrão, creio, foi em resposta a essa oração do nosso bendito Senhor.
    • Saulo de Tarso pode ter ouvido, e as palavras o seguiram e quando ele viajou para Damasco, e o Senhor falou com ele no caminho, ele reconheceu a sua voz;
    • No dia de pentecostes, alguns dos inimigos do Senhor foram convertidos. Certamente foi em resposta à oração: "Pai, perdoa-lhes!"

Assim, se você percorrer as Escrituras, você vai achar que as orações que trouxe respostas imediatas eram geralmente breves. Sejamos práticos em nossas orações vamos direto para o ponto, apenas dizer a Deus o que queremos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Atualização do Blog

Queridos irmãos e amigos leitores, peço desculpas pela falta de atualização do blog por vários dias. Quero recomeçar com alegria e entusiasmo compartilhando com os meus leitores comentários bíblicos, notícias e subsídios para lições da EBD. Procurarei cuidar melhor deste blog.

Sempre pronto.
Pr. Besaleel F Assunção

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

COMENTÁRIO BÍBLICO

Esperar Pacientemente (Ex 15.22-25)
“Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água. Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou.”

A vitoriosa travessia do mar vermelho proporcionou aos israelitas uma visão maravilhosa da onipotência de Deus, porém a fé deles precisava de mais provas. Não estavam ainda treinados para enfrentar os problemas cotidianos. Diante do primeiro problema murmuraram impacientes contra Deus.

Há muitos que não suportam dificuldades, acham que servir a Deus é somente celebrações de vitórias, por isso fraquejam diante do próximo problema. A bíblia nos adverte: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo 16.33). Em vez de murmurar devemos exercer a nossa fé com paciência e perseverança.

Moisés viu o povo se queixar e murmurar, depois de caminharem três dias sem comida e sem água, e ao chegarem em Mara as águas eram amargas e não puderam beber. O povo sabia que Moisés era o responsável por eles como homem de Deus, então cobrou dele uma solução. Moisés tinha o recurso da oração e usou imediatamente clamando ao Senhor: “E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou.” (V 25).

Neste episódio aprendemos duas coisas referente as respostas às nossas orações:

(1) A verdadeira vitória vem de uma fé paciente. (Sl 40.1) Às vezes nos apressamos e causamos um mal estar entre nossos irmãos por nossa falta de paciente. O povo só tinha que suportar e esperar um pouco mais a amargura de Mara, pois Elim estava logo ali com 12 fontes de água potável, uma fonte para cada tribo de Israel, e 70 palmeiras para descansarem. (Sl 91.1). Confia no Senhor e espera, ele te fará descansar!

(2) Quando crucificamos o eu e entronizamos Cristo em nosso coração, nossos queixumes e murmurações desaparecem. Não são as grandes experiências com Deus que curam um coração mau e queixoso e sim nossa dependência e confiança em sua ação em nosso favor. (2 Co 3:4; 1 Jo 5:14) “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus”; “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”.

A murmuração é resultado de um coração envenenado pela amargura que leva a conseqüências desastrosas para a vida do crente e aqueles que o cercam. Para termos uma oração eficaz que glorifica a Deus precisamos nos despir deste veneno observando o que diz a Palavra de Deus Efésios 4.31 e 32: Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.