quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO PÓS-JORDÃO - Sbsídios para Lições da EBD


LIÇÕES DOS MEMORIAIS NA BÍBLIA

1 Co 10.11“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplo e foram escritas para advertência nossa.

Os israelitas atravessaram o jordão no momento em que o mesmo transbordava sobre todas as ribanceira (Js 3.15). Estima-se a sua largura em torno de 27 a 30 metros, tendo de 1 a 4 metros de profundidade. Milagrosamente o rio foi bloqueado em Adamã e refletiu 19 km até Sartã.
A travessia foi o resultado da fé em ação. Josué como líder confiava em Deus e inspirou fé ao povo que respondeu com confiança. Nosso Deus é Deus de milagres, não importa os obstáculos, se Ele estiver no comando resolve tudo.
Esse milagre foi cumprido a fim de fortalecer a fé do povo que ainda enfrentaria outros obstáculos e veria coisas maiores vindas de Deus durante o processo de estabelecer suas posições na terra prometida.
O PROPÓSITO DE UM MEMORIAL
Como seres racionais temos memória, porém algumas pessoas sofrem de esquecimento de vez em quando, especialmente se são muito ocupadas. A distraçao é também um processo natural do envelhecimento. A ingratidão é, ordinariamente esquecimento e muitos esquecem que foram abençoados e ajudados por um amigo, familiares e por Deus. Paulo se refere a eles quando escreve a Timóteo na sua segunda carta capítulo 3 versículos 1- 5. Fujamos desles!
Maurice Halbwachs (1968), em sua análise da memória coletiva, enfatiza a força dos diferentes pontos de referência que estruturam nossa memória e que a inserem na memória da coletividade a que pertencemos. Entre eles incluem-se evidentemente os monumentos, o patrimônio arquitetônico e seu estilo, que nos acompanham por toda a nossa vida, as paisagens, as datas e personagens históricas de cuja importância somos incessantemente relembrados, as tradições e costumes, certas regras de interação, o folclore e a música, e, por que não, as tradições culinárias.
Entendemos portanto que se tornou necessário Deus ordenar memoriais para que o homem compreendesse a importância do que Ele nos faz e ordena, pois quando esquecemos alguma coisa, exceto se houver algum problema no celebro, é uma indicação de aquilo não tinha muita importância.
"Basta o esquecimento de uma única circunstância para nos levar ao erro." (Jaime Balmes)

1) O MEMORIAL DE PEDRAS – Josué 4. 1 – 9
Para Lawrence O. Richards (2005) o zikkaron "memorial" ou lembrança é um dos mais poderosos conceitos do Antigo Testamento. Ele é aplicado a esse monte de pedras, mas também à própia páscoa. Assim um memorial é qualquer item simbólico, ou evento, intencionados a ajudar o povo de Deus a identificar-se com uma obra Sua em seu favor.
O povo deveria lembrar para sempre daquele a quem se dedicara, deveria sempre honrar a quem devia sua libertação, para isto Deus ordenou o levantamento dês memorial.
Estas doze pedras também serviriam como um auxílio para o ensino de gerações futuras. Aprendemos aqui que Deus através de nossa memória ativa nossos corações para amar e honrar seu nome por causa de sua misericórdia para conosco

2) O ARCO DE DEUS – Gênesis 9.13
Deus estabelece um concerto com Noé e as gerações futuras de que um dilúvio universal não aconteceria. A ênfase deste concerto é a misericórdia e não na punição. Deus sempre punirá a desobediência.

3) A COLUNA DE JACÓ – Gn 28.18
Jacó levantou a pedra onde dormiu colocando-a como coluna para testemunhar seu encontro com Deus e como marco de um novo tempo, nova vida.
Jesus a pedra angular que marca nossa nova vida (At 4.11; 1 Pd 1.6,7, Ef 2.20) nos dá segurança pois somos edificados Nele como casa espiritual.

4) A PEDRA DO TESTEMUNHO – Gn 31.44-49
Jacó chega a comunidade de Harã cheio de energia e vigor por causa do encontro com Deus. Ele encontra os pastores de Labão que estavam reunidos perto de um poço que tinha uma grande pedra tapando o mesmo. Quando ele viu Raquel encheu-se de força e retirou a pedra do poço e deu água para as ovelhas da moça e ainda a beijou. Raquel ficou emocionada e surpresa correu para casa com a notícia da chegada do jovem parente que foi recebido de forma afetuosa por seu pai Labão.
Jacó casou-se com as duas filhas de Labão, pois mesmo tendo amado a Raquel e trabalhado sete anos por ela foi enganado por ele dando Leia para ser esposa de Jacó. Jacó com fúria repreendeu seu sogro pelo logro que se desculpou por ser ilegal casar a filha mais nova enquanto a mais velha fosse solteira. Labão deu a oportunidade pra Jacó casar com Raquel se ele trabalhasse mais sete anos. Um bom negócio pra Labão, casou as filhas e ainda teve quatorse anos de trabalho especializado de graça.
A partir daí se desenvolveu uma história de engano entre Labão e Jacó um querendo suplantar o outro, competição também entre suas mulheres, Leia teve 6 filhos e Raquel logo levantou um forte sentimento de inveja e exigia do marido um filho, com isso a família enfrentou enganos, barganhas e todo tipo de enrolação.Infelizmente muitos lares vivem essa situação!
Jacó por outro lado cuidava em enganar também a Labão que prosperou e deu ocasião pra seus cunhados duvidarem de sua honestidade. Isso o levou a combinar com suas mulheres voltar para a terra de seus pais. Eles aproveitaram o fato de Labão ter ido tosquiar as ovelhas que estavam em lugares distantes e fugiram, sendo que Raquel levou escondido os ídolos que eram equivalentes a título de propriedade de Labão.
Labão reuniu seus parentes e foi em perseguição de Jacó e Deus o adverte em sonho para não tratar Jacó nem bem nem mal. Deus estava dizendo que tem muitas maneiras de ajudar os que lhe pertencem.
Houve então um encontro entre os dois cheio de emoções, ardis, ironia e suspense.Um atacava o outro.
Finalmente o sogro resolveu a esquecer as sutilezas a favor de um concerto (v 44) Labão tomou a iniciativa e propôs uma aliança, Jacó esperto não perdeu tempo, não protelou, “então tomou uma pedra e a erigiu por coluna” (Gn 31.45). Fizeram um montão de pedras sobre o qual comeram uma refeição e fizeram os votos da aliança ali.
O lugar foi chamado de Jegar-Saaduta e Galeede “o montão do testemunho”. E também Mispa – “torre de vigia, lugar de observação.” A lição que aprendemos aqui é que devemos em nossos relacionamentos, entender nossas limitações (até onde posso ir) e de nossos semelhantes.